Agências dizem que Rússia hackeou computadores do Partido Democrata, mas Trump afirma que os russos não influenciaram as eleições americanas.
Um relatório das agências de inteligência dos Estados Unidos concluiu que o presidente russo, Vladimir Putin, comandou uma campanha para influenciar o resultado da eleição americana. Nesta sexta (6), o presidente eleito dos Estados Unidos, Donald Trump, se reuniu com as mais altas autoridades do setor.
Os russos não influenciaram as eleições americanas. Foi isso que entendeu Donald Trump mesmo depois de ter visto todas as provas.
Na quinta-feira (5), os cabeças da inteligência americana foram ao Congresso, especialmente para dizer que têm certeza que a Rússia hackeou sim computadores do Partido Democrata durante a eleição.
O senador republicano Lindsay Graham perguntou:
“Vocês vão ser desafiados pelo presidente eleito. Tudo bem para vocês”?
“Com certeza”, respondeu o chefe da inteligência, meio contrariado.
Desde que a história veio a público, Donald Trump está confrontando as agências chefiadas por James Clapper.
Trump diz que nunca acreditou que o vazamento de e-mails da campanha de Hillary Clinton durante as eleições tenha sido coisa dos russos.
E não é comum que um presidente dos Estados Unidos desafie os investigadores desse jeito. É por isso que o James Clapper está com essa cara.
“Há uma diferença entre você não acreditar e você depreciar o trabalho”, disse ele.
Nesta sexta-feira (6), James Clapper e sua equipe foram a Nova York mostrar as provas para Trump. E explicar tudo o que descobriram.
Segundo o jornal “The Washington Post”, eles teriam até registros de oficiais do alto escalão do governo russo comemorando a vitória do republicano.
Mesmo assim, uma hora depois do encontro, Trump mandou para imprensa uma nota: disse que o encontro foi construtivo e que tem certeza que Rússia, China e outros países estão constantemente tentando invadir computadores do governo e de empresas dos Estados Unidos, mas que o resultado da eleição americana não foi afetado.
E que quando assumir o governo, a segurança vai ser sua prioridade número um.
Mais, as agências de inteligência divulgaram uma versão do relatório que foi apresentado a Trump. O documento declara que as conclusões apresentadas são idênticas, mas que versão pública não inclui todas as provas porque elas são confidenciais.
O relatório afirma que foi o presidente russo Vladimir Putin quem ordenou a ofensiva para influenciar as eleições americanas, com o objetivo de denegrir a imagem da candidata democrata, Hillary Clinton.
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